A proposta (parte 1)

Aline é uma verdadeira viciada em látex, ela adora a textura, o brilho e o cheiro da borracha recém polida, a sensação de aperto também é gostoso, mas depois de algum tempo se torna insuportável. Quando ela recebeu o primeiro e-mail logo o exclui de imediato (pensando obviamente se tratar de um spam querendo roubar alguns de seus dados), mas no dia seguinte recebeu outro, e no dia seguido desse outro, e no dia seguido daquele outro.

Por algum motivo magnetizante ela não bloqueava o remetente daquelas mensagens, que continuava a mandar aqueles misteriosos e-mails, todas as mensagens eram iguais.

De: kcir@yahoo.com

Para: alineborracha@yahoo.com   

Venha até o prédio Monte Augusto, apartamento 306, leve consigo qualquer livro de capa azul e diga ao porteiro que veio devolver o mesmo ao RP.

PS: Vá pela sombra, o sol está muito quente ;-).

No final do e-mail existia um link na qual ela resistia em clicar por medo, mas conhecia muito bem o endereço do link, era de uma loja especializada em vender roupas e acessórios fetichista (especialmente látex), eram peças que ela sonhava em ter desde quando descobriu seu fetiche por borracha.

A pessoa que enviara os misteriosos e-mails com certeza sabia de seu fetiche, sabia até de mais, pois como era possível ele saber seu endereço de e-mail? Como sabia que morava na mesma cidade do lugar que gostaria que fosse? Eram perguntas que não sai de sua cabeça.

Atualmente Aline não estava namorando, mas as únicas pessoas que poderiam saber sobre isso era seu ex-namorado Ricardo (todos chamavam ele de Rick) e poucas amigas que encontrou em alguns fóruns de fetiche (algumas ela nem conhecia pessoalmente). A curiosidade estava consumindo-a, mas seu tesão era maior, ela decidiu que no dia seguinte (depois do almoço) ela iria no lugar marcado na misteriosa mensagem.

 Naquela noite ela sonhara que um fã misterioso (disfarçado de uma “amiga desconhecida” daquele fórum) estava no apartamento 306, para fazer amor, com ela toda emborrachada, esses pensamentos a faziam estremecer dos pés à cabeça. Acabado de almoçar ela se preparava para ir no endereço marcado, pensou em usar sua catsuit, já bem batida, por de baixo da roupa, mas o sol estava tão quente que literalmente a cozinharia antes mesmo de chegar ao seu destilo, ao invés disso apenas usou uma calcinha de borracha por debaixo das roupas.

Chegando ao prédio, fez exatamente como o e-mail pedia, falou a “senha” para o porteiro e entrou em direção ao elevador. Num estalo em sua mente, como se estivesse acordando de um sonho, imaginou o perigo que realmente estava correndo em ir a um lugar desconhecido, poderia estar indo no apartamento de um assassino e nem sabia; ela começou a suar frio e sentir sua calcinha molhada de suor, agora estava assustada e excitada. As portas do elevador se abriram e deu de frente com a porta 306.

Bateu na porta 2 ou 3 vezes e ninguém atendeu, talvez devesse ter respondido ao e-mail falando que resolvera ir, mas não o fez; quase que numa contração involuntária resolveu girar a maçaneta, só para verificar se a porta estava realmente trancada, para sua surpresa, ou não, a porta se abriu.

- Alguém? Ooooi, tem alguém aqui?

Aline chamava, mas ninguém respondia, enquanto isso adentrava cada vez mais o apartamento, de repente começou a sentir um cheiro que ela conhecia a quilômetros de distância – LÁTEX – o odor de borracha estava atravessando o corredor por onde agora ela estava; era como uma brisa suave que vinha de um quarto ao fim do corredor, a porta estava semiaberta.

- Olá alguém está aí? Sou eu Aline! Por um momento ela hesitou – Sou eu, alineborracha, você me mandou aqueles e-mails. Mas ninguém respondia, só o que se ouvia era o som do vento atravessando o apartamento, aquele vento que carregava um cheiro maravilhoso.

No fim do corredor Aline empurrou a porta semiaberta, o cheiro de borracha aumentou uns 300% e o que ela viu a fez cair para trás.

Em cima da cama havia pilhas e mais pilhas de roupas de borracha preta, todas extremamente polidas e brilhantes (a luz refletia nelas como um espelho negro), tinha tantas peças que não dava nem para contar, algumas ela nem tinha ideia para que serviam; havia de tudo, desde catsuits completas até mordaças, tudo feito de borracha. Por cima da pilha maior havia um bilhete.

ESCOLHA UMA CATSUIT E VISTA!

Aline estava hipnotizada com tanta borracha ao seu redor, tirou a roupa (ficando apenas com sua calcinha que agora estava ensopada) e vestiu a catsuit mais apertada e grossa que encontrou (o que não foi difícil pois quase todas eram apertadas e feitas de uma borracha bem grossa). Terminado de vestir foi em direção a sacada do quarto e ficou lá observando o mar (estava em um andar muito alto do prédio, dificilmente alguém a veria usando látex... mas ela nem ligava mais, estava no paraíso).

Enquanto Aline se deliciava na varanda, alguém adentrava o apartamento. O som do vento somada ao isolamento acústico de sua máscara não a permitia ouvir que uma pessoa mexia nas pilhas de látex sob a cama do quarto, remexendo-as todas num range-range típico do atrito do látex. O homem misterioso pegou uma peça pesada de borracha, pendurou sobre seu braço e foi em direção à Aline, que ainda estava “anestesiado” curtindo o seu paraíso.

- Bela vista não acha?

- Rick!!! Aline deu um pulo para trás.

- Olá Aline. Gostou de sua roupa nova?

Ela não podia acreditar no que via, seu ex-namorado bem na sua frente, isso era surreal. Ela gaguejou um pouco e se sentiu um pouco envergonhada, antes de conseguir falar algo audível Rick a interrompeu.

- Tenho uma proposta pra ti Aline, quer ouvir?  

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Olá Pessoal... mais um conto (agora com uns gifs para animar vocês) espero que gostem.

Aos poucos vou atualizando o blog novamente, notei que algumas postagens minhas estão com alguns links quebrados (principalmente vídeos), vou concertar o que for possível.

Quando terminar este conto vou tentar subir o vídeo que no qual criei os gifs acima.

Por fim vou criar uma enquete nova amanhã, quem quiser participar fique a vontade pra votar. 

Att,

Sr, BorRacha.